A morte de Fabiano de Moura Dias, 44 anos, ocorrida na madrugada desta quinta-feira (5), mudou a investigação que a Polícia Civil de Farroupilha vinha conduzindo sobre o crime envolvendo ele. O caso, que até então era tratado apenas como agressão, ou a ser considerado como agressão seguida de morte.
Dias estava hospitalizado no Hospital Pompéia, em Caxias do Sul, desde 14 de maio, quando foi agredido por um vigilante. O caso aconteceu entre as ruas Rômulo Noro com a Pinheiro Machado, no centro de Farroupilha.
Segundo o delegado Fernando Cruz Alexandre, que conduz as investigações, o agressor teria sido acionado por uma loja, que fica no endereço mencionado, para afastar Dias do local. Conforme os lojistas, Dias estaria perturbando as pessoas que transitavam pelo local.
Quando o vigilante chegou, começou uma discussão entre eles, que culminou na agressão. Segundo o delegado, o vigilante teria dado um soco e chutado Dias. Com o impacto, ele caiu e bateu a cabeça no chão, sofrendo uma lesão.
Depois da transferência para o Hospital Pompéia, Dias ou por diversos procedimentos e acabou morrendo na quinta-feira. Ele era conhecido pela comunidade por estar em situação de rua.
— A investigação, que ainda está em andamento, apurou que a vítima tinha consigo uma faca no momento em que a discussão aconteceu. Essa faca foi apreendida posteriormente no hospital. Durante o depoimento, o vigilante contou que viu a faca e por isso agrediu Dias — pontua o delegado.
De acordo com o delegado, o caso não é tratado como homicídio porque a investigação indica que o vigilante não teve a intenção de matar. No entendimento da polícia, ele bateu em Dias para afastá-lo do local e, quando viu que ele caiu no chão, cessou com a agressão.
— Ele não usou instrumentos como armas ou cassetete, então a gente vê que ali não há intenção letal. O agressor se apresentou espontaneamente na delegacia para prestar depoimento. Estamos na fase final das investigações e devemos remetê-la ao judiciário nos próximos dias.
O vigilante prestou depoimento e foi liberado. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dele até o fechamento desta matéria. O espaço permanece aberto para manifestações.
Ainda não há informações sobre a despedida de Dias.