Marcia Perassolo Dias, 26 anos, ligou para a mãe e contou que estava com medo de voltar para casa com o marido porque ele estava bêbado. A mãe a aconselhou a não pegar carona, mas ela disse que o marido prometera não correr e embarcou no Vectra para sua última viagem. A irmã, Janice, ligou para a Brigada Militar, descreveu o carro, deu o nome do cunhado e pediu que o interceptassem.
A BR-392 é uma estrada federal, mas Janice não tinha obrigação de saber que deveria ligar para o 191 e não para o 190. A BM saiu atrás, mas era tarde. Sem saber a placa do Vectra, não conseguiu localizá-lo.
Esse episódio trágico pode servir para as autoridades repensarem suas campanhas e suas políticas de prevenção a acidentes, que estão falhando por serem escassas, tímidas e com falta de foco. Em vez de repetir, "se for dirigir não beba", deve ampliar o apelo para os que estão em volta e tentar convencer cada cidadão a não pegar carona com bêbado e tentar impedir que um motorista embriagado assuma o volante.
E, se a polícia receber o aviso de que há um bêbado colocando em risco a vida de outras pessoas, que faça de tudo para encontrá-lo, antes que seja tarde.