
Desde junho do ano ado, Caxias do Sul registrou a morte de quatro policiais militares em serviço. O primeiro caso da série foi no assalto ao Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, quando o 2º sargento da Brigada Militar (BM), Fabiano Oliveira, 47 anos, foi morto por criminosos. Na terça-feira (1º), houve a situação mais recente. O soldado Lucas Alexandrino Nazário da Silva, 27, morreu após uma perseguição de moto no município.
Entre os dois casos, em outubro do ano ado, outros dois policiais militares morreram após uma perseguição na BR-116, em Caxias. Anderson de Souza Lourenço, 29, e Maximiliano da Silva Argiles, 25, do 4º Batalhão de Choque, estavam em uma viatura que capotou.
O coronel Ricardo Moreira de Vargas, do Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO), lembra que a profissão do policial militar "é a que apresenta o maior grau de risco dentre todas as profissões". O comandante destaca também que a segurança dos policiais sempre é buscada para que possam retornar em segurança para casa:
— Estamos diariamente arriscando nossas vidas para proteção da sociedade. Ressalto que nesses quatro casos os nossos policiais militares tombaram em serviço. Somente nesse primeiro trimestre de 2025 as Unidades do Comando Regional de Polícia Ostensiva da Serra atenderam pessoalmente mais de 14 mil ocorrências que resultaram em 1.116 prisões em flagrante. Estamos constantemente em treinamento e instruções que visam a proteção individual do próprio PM, apesar de fatores externos que fogem ao nosso controle. Sabemos dos riscos iminentes e buscamos sempre a segurança dos nossos policiais para que cumpram sua principal missão que é retornar também em segurança aos seus lares.
Já em nota, a Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar e Bombeiros Militares (ASSTBM), lamentou a morte em serviço e ressaltou que " já foram muitas em um curto período de tempo. A busca por indicadores de segurança pública, como desejam as autoridades do estado, não pode ser a qualquer preço, ainda mais com preço tão alto, a vida dos policiais".
Quatro mortes em dez meses

- 19 de junho de 2024: o 2º sargento Fabiano Oliveira, 47, foi atingido por um tiro de fuzil durante o assalto a um carro-forte no aeroporto Hugo Cantergiani. Ele foi encaminhado para atendimento a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

- 29 de outubro de 2024: uma viatura Hilux do do 4º Batalhão de Choque colidiu com um Sandero e capotou após uma perseguição no KM 151 da BR-116, em Caxias. Anderson de Souza Lourenço, 29 anos, e Maximiliano da Silva Argiles, 25, foram as vítimas do acidente.

- 1º de abril de 2025: Lucas Alexandrino Nazário, 27, integrante do grupo de Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam), perseguia um suspeito na Avenida São Leopoldo. Os dois estavam em motos e o policial colidiu com um poste na alça que liga a Avenida São Leopoldo à Rua Visconde de Pelotas.