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No bolso

Fosse o total de rendimentos prometidos pelo banco pagos como juros, os CDBs, Fundos, Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) seriam atraentes mesmo pagando um percentual bem mais baixo do que a Selic – já que a inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 6,29% em 2016.

Eles manteriam o dinheiro protegido, mas não é bem assim. É preciso descontar o Imposto de Renda e eventuais taxas de istração para saber quanto, efetivamente, irá para o bolso do investidor.

– Tirando todos os descontos, caso a Selic caia abaixo de 9,5%, os rendimentos dessas aplicações podem ficar até inferiores à Caderneta de Poupança – alerta Willian Eid Junior, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV-SP.

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O especialista explica que, descontando o Imposto de Renda e taxas de istração, as aplicações em Certificado de Depósito Interbancário (CDI) crescem, de forma líquida, cerca de 10,5% por ano com a atual Selic. Mas com a queda do juro para 9%, esse rendimento irá desabar para a casa de 7% ou 8% ao ano. Já a Caderneta de Poupança tem uma remuneração fixa (não varia conforme a Selic), pagando 0,5% ao mês mais Taxa de Referência (TR). Quando o juro cai muito (e, portanto, CDBs e Fundos am a pagar menos), a poupança acaba se tornando relativamente mais atraente.

Na opinião de Abreu, professor da PUC-RS, investidores que queiram almejar ganhos mais altos do que a poupança em um cenário de juro baixo terão, a partir de agora, de olhar com mais simpatia para alguns títulos do tesouro e operações mais sofisticadas e relativamente desconhecidas do grande público, como Certificado de Operações Estruturadas (COE) e até bolsa de valores.

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Os juros estão em queda livre. Até o final do ano, a Taxa Selic, que baliza as aplicações mais populares no país, como CDBs e Fundos, deve cair de 12,25% para 9%. Veja os pontos positivos e negativos para levar em conta em cada aplicação no cenário de queda na taxa de juros:

CDBs
Ponto positivo: os pré-fixados se tornam valiosos, pois entregam o juro atual, que é mais alto do que o esperado até o final do ano.
Ponto negativo: evite os CDBs que oferecem rendimento abaixo de 85%, pois, descontado o Imposto de Renda, o ganho pode ficar abaixo da inflação.

Fundos
Ponto positivo: são atraentes principalmente no longo prazo, pois o desconto do Imposto de Renda é regressivo, fica menor ao longo do tempo.
Ponto negativo: investidores sem muito dinheiro para aplicar (acima de R$ 60 mil) não costumam encontrar taxas de istração abaixo de 1% – ou seja, pagam caro demais pela aplicação.

Tesouro Direto
Ponto positivo: ganham força títulos atrelados à inflação e os pré-fixados associados à taxa básica de juros.
Ponto negativo: corretoras que cobram comissão podem ser evitadas, uma vez que cresce o número de gestores que isentam clientes.

POUPANÇA
Ponto positivo:
rendimento pode ultraar o de CBDs e dos fundos caso a Selic fique abaixo de 9,5% ao ano, a depender das condições da aplicação.
Ponto negativo: opção é ruim no longo prazo, pois não garante proteção do dinheiro contra a inflação em todos os anos.

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