Pauta emergencial do setor
Outros dados da pesquisa, que aparecem também em questionamentos feitos a 600 empreendimentos no setor do turismo, mostram que 81% tiveram as operações reduzidas ou paralisadas, quase metade teve ou ainda tem restrições nas equipes de trabalho e 88,8% afirmaram ter realizado cancelamentos.
— O Estado, em conjunto com governanças locais, iniciativa privada, associações e entidades do setor tem uma pauta emergencial definida e aprovada. Ela está centrada em quatro pilares: a restauração da conectividade aérea e rodoviária, a recuperação da infraestrutura, a retomada do fluxo turístico, assim que possível, e a intensificação da promoção turística nacional e internacional — ressalta o secretário estadual de Turismo em exercício, Luiz Fernando Rodríguez Júnior.
Já no segundo dia de realização, 2 de maio, o 34º Festival Internacional de Balonismo de Torres anunciou o cancelamento da programação. A medida seguiu o decreto de calamidade pública estabelecido no Rio Grande do Sul.
— O cancelamento se fez necessário entendendo a situação que o Estado e o povo gaúcho vêm ando. O momento agora é de solidariedade e reconstrução. Torres é a porta de entrada do RS e a cidade está à disposição da Defesa Civil Estadual para o que for preciso —frisa o prefeito, Carlos Souza.
Em outros casos, organizadores buscam a possibilidade de reagendamento dos eventos, como ocorre com a Maratona Internacional de Porto Alegre. A corrida estava marcada para os dias 15 e 16 de junho, mas foi remarcada para 28 e 29 de setembro de 2024. "A decisão do adiamento foi difícil. Mas não há como ser diferente diante de toda a situação que envolve o Estado e Porto Alegre", diz, em comunicado oficial.
De acordo com a prefeitura de Porto Alegre, foram 140 pedidos de alteração de eventos entre os dias 1º e 20 de maio.